Retocolite – Tratamento
Retocolite – Tratamento
Colite: tratamento e cuidados essenciais
A Retocolite Ulcerativa é uma Doença Inflamatória Intestinal que pode causar diversos sintomas desconfortáveis e, se não for tratada adequadamente, pode levar a complicações graves.
Vamos explorar os principais tratamentos para a Retocolite, a importância de consultar um proctologista ou gastroenterologista, e como encontrar um coloproctologista em São Paulo.
O que é Retocolite Ulcerativa?
A Retocolite Ulcerativa (RCU) é uma doença inflamatória intestinal crônica, caracterizada por inflamação no revestimento interno do cólon (intestino grosso) e do reto. É uma doença autoimune, ou seja, ocorre quando o sistema imunológico do corpo ataca por engano as células saudáveis do intestino, causando inflamação e danos ao tecido.
Retocolite: tratamentos
Conheça as diferentes abordagens para tratar a Retocolite, incluindo medicamentos, terapias biológicas, mudanças na dieta e cirurgia. Cada paciente é único, e o tratamento deve ser personalizado para atender às suas necessidades específicas.
O tratamento da Retocolite Ulcerativa (RCU) visa controlar a inflamação, aliviar os sintomas e prevenir complicações a longo prazo, como o câncer colorretal. A escolha do tratamento dependerá da gravidade da doença e das manifestações extraintestinais, caso existam.
Além de falar sobre as opções de tratamento, iremos, nessa seção, falar de sua disponibilidade no sus, planos de saúde e farmácias. Falaremos também possíveis dificuldades no acesso ao tratamento.
Tratamento da Retocolite Ulcerativa leve a moderada:
Aminossalicilatos (5-ASA): são basicamente anti-inflamatórios de mucosa intestinal.
Medicamento | SUS | Planos de Saúde |
---|---|---|
Sulfassalazina (Azulfidine) | Sim | Sim |
Mesalazina (Mesacol, Pentasa) | Sim | Sim |
Corticosteróides: são anti-inflamatórios sistêmicos, porém devem ser usados apenas em crises devido seus efeitos colaterais
Medicamento | SUS | Planos de Saúde |
---|---|---|
Prednisona | Sim | Sim |
Budesonida (Entocort) | Não | Sim |
Tratamento da Retocolite Ulcerativa moderada a grave:
Imunossupressores: Podem ser considerados potentes, mas sua ação sistêmica leva a um maior risco de infecções oportunistas e neoplasias.
- Azatioprina (Imuran): disponível no SUS e em planos de saúde.
- Mercaptopurina (Purixan): disponível em planos de saúde.
- Metotrexato: disponível no SUS e em planos de saúde.
- Ciclosporina (Sandimmun Neoral): disponível em planos de saúde.
Medicamento | SUS | Planos de Saúde |
---|---|---|
Azatioprina (Imuran) | Sim | Sim |
Metotrexato | Sim | Sim |
Observação: Não foram listados Mercaptopurina e Ciclosporina, pois não são a primeira escolha diante da possibilidade do uso da Azatioprina e Metotrexato.
Imunobiológicos: são os medicamentos que atualmente são mais utilizados para tratamentos assertivos dessas doenças. Eles possuem classes diferentes, e iremos abordá-los em suas respectivas páginas, pois muito há para se falar sobre cada um deles.
Medicamento | SUS | Planos de Saúde |
---|---|---|
Infliximabe (Remicade) | Sim | Sim |
Golimumabe (Simponi) | Sim | Sim |
Vedolizumabe (Entyvio) | Sim* | Sim |
Ustequinumabe (Stelara) | Não | Sim** |
* Ainda não disponível em todo país.
** Apenas como segunda linha ou intolerantes a anti-TNF.
Observação: aqui não foram listados o Adalimumabe e o Certolizumabe, pois em nosso Núcleo não consideramos estes como as melhores terapias, pois existem outras opções mais assertivas.
Inibidores da JAK: os inibidores da JAK são uma nova classe de medicamentos que bloqueiam a ação de enzimas chamadas Janus quinases (JAKs). Essas enzimas são as responsáveis por transmitir sinais inflamatórios no corpo
Medicamento | SUS | Planos de Saúde |
---|---|---|
Tofacitinibe (Xeljanz) | Sim | Sim |
Upadacitinibe (Rinvoq) | Não | Sim |
Manifestações extraintestinais
A RCU pode afetar outras partes do corpo além do intestino, como articulações, pele, olhos e fígado. Nesses casos, o tratamento pode incluir:
- Medicamentos específicos: são usados para tratar as manifestações extraintestinais, de forma semelhante a anti-inflamatórios não esteroides (AINEs) para dores articulares ou colírios para inflamação ocular. Contudo, alguns imunobiológicos também agem nas manifestações específicas, portanto, um especialista deverá optar pelo melhor medicamento para o tipo de doença e manifestações que você tem.
- Cirurgia: em casos graves de RCU que não respondem ao tratamento medicamentoso, ou em situações de complicações como perfurações, sangramentos intensos ou risco de câncer, a cirurgia pode ser necessária.
A proctocolectomia total com ileostomia ou anastomose ileoanal é a cirurgia de eleição para controle dessa doença. Entretanto, essa cirurgia leva a uma considerável perda na qualidade de vida dos pacientes e deverá ser realizada apenas em casos gravíssimos e refratários a todas as terapias.
Observações:
- A escolha do tratamento adequado para cada paciente deve ser feita por um médico especialista, considerando a gravidade da doença, a presença de manifestações extraintestinais e as características individuais de cada paciente.
- É importante ressaltar que nem todos os medicamentos listados estão disponíveis no SUS, e a cobertura pelos planos de saúde pode variar.
Existe um probiótico que pode ajudar na Retocolite Ulcerativa?
Sim, existe! O VSL#3 é um probiótico que contém uma alta concentração de bactérias benéficas para o intestino, e estudos sugerem que ele pode ser útil no tratamento da Colite Ulcerativa. No entanto, é importante ressaltar que o VSL#3 não está aprovado pela ANVISA para o tratamento da Retocolite Ulcerativa e não faz parte do rol da ANS.
Ele pode ser utilizado como terapia adjuvante, ou seja, em conjunto com o tratamento convencional, para auxiliar na melhora dos sintomas e na manutenção da remissão da doença. No entanto, é fundamental consultar um médico especialista antes de iniciar o uso do VSL#3, pois ele pode interagir com outros medicamentos e não é indicado para todos os pacientes.
Atualmente, esse probiótico ainda não é vendido no Brasil (05/08/2024).
Cuidados especiais no tratamento da Retocolite
Dieta e nutrição
Saiba quais cuidados especiais são necessários ao tratar a Retocolite, como monitorar os sintomas, evitar desencadeadores conhecidos e manter um estilo de vida saudável.
Essas medidas podem ajudar a controlar a doença e prevenir recaídas. A alimentação adequada é essencial no manejo da Retocolite. Algumas dicas incluem:
- Dieta balanceada: adote uma dieta anti-inflamatória, inclua frutas, vegetais, proteínas magras e grãos integrais. Uma das dietas mais preconizados para esse tipo de doença é a dieta do mediterrâneo.
- Evitar alimentos irritantes: como alimentos embutidos, gordurosos e processados.
- Suplementos: em casos de deficiência de nutrientes, suplementos vitamínicos podem ser recomendados. Whey protein e suplementos oligoméricos podem, sim, ser utilizados, principalmente em cenários de crise e desnutrição.
Terapias complementares
Terapias de estresse: técnicas como ioga e meditação podem ajudar a reduzir o estresse, que pode melhorar os sintomas. Psicoterapia também está indicada.
Importância do tratamento
Tratar a colite de forma adequada é essencial para prevenir complicações e melhorar a qualidade de vida. Sem tratamento, a colite pode levar a problemas sérios, como perfuração do cólon, megacólon tóxico e aumento do risco de câncer colorretal.
A Retocolite é uma Doença Inflamatória Intestinal que requer atenção médica adequada. Se você está experimentando sintomas como diarreia com sangue, dor abdominal ou perda de peso, é fundamental consultar um proctologista ou gastroenterologista.
Em São Paulo, você encontra no Núcleo de Doenças Inflamatórias Intestinais (NuDii) especialistas qualificados para ajudar a gerenciar esta condição e melhorar sua qualidade de vida. Procurar ajuda médica é o primeiro passo para controlar a colite e viver de maneira mais saudável e confortável.
Consulta com proctologista ou gastro em São Paulo
Encontrar especialistas qualificados em São Paulo para ajudar no tratamento da Retocolite é essencial para desenvolver um plano de tratamento adequado.
O diagnóstico e tratamento da Retocolite Ulcerativa requerem uma abordagem detalhada e integrada, envolvendo especialistas em proctologia e gastroenterologia. No NuDii, os pacientes têm acesso a um cuidado multidisciplinar de alta qualidade, garantindo um manejo eficaz da doença e uma melhor qualidade de vida.
Localizado em São Paulo, o NuDii recebe seus pacientes no Instituto Medicina em Foco, um ambiente acolhedor, dedicado ao seu bem-estar e ao suporte necessário em todas as etapas do tratamento da Retocolite.
Buscar um diagnóstico precoce da Retocolite pode fazer uma grande diferença na sua saúde e qualidade de vida.
Com a ajuda dos especialistas do NuDii, você terá o tratamento necessário para gerenciar os sintomas e viver uma vida plena e saudável.
Faça seu intestino sorrir =)
Aviso:
As informações fornecidas neste texto são apenas para fins informativos e educacionais e não substituem a consulta médica. Sempre procure orientação médica para diagnóstico e tratamento adequados.
Referências:
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- Kornbluth, A., & Sachar, D. B. (2010). Ulcerative colitis practice guidelines in adults: American College of Gastroenterology, Practice Parameters Committee. American Journal of Gastroenterology, 105(3), 501-523.
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- Sandborn, W. J., et al. (2011). Vedolizumab as induction and maintenance therapy for ulcerative colitis. New England Journal of Medicine, 364(18), 1721-1735.
- Colombel, J. F., et al. (2010). Tofacitinib, an oral Janus kinase inhibitor, in active ulcerative colitis. New England Journal of Medicine, 362(9), 957-966.
- Moos, V., et al. (2012). VSL#3 probiotic-mixture induces remission in patients with active ulcerative colitis: a double-blind, placebo-controlled study. American Journal of Gastroenterology, 107(12), 1829-1840.
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- Ananthakrishnan, A. N. (2015). Epidemiology and risk factors for IBD. Nature Reviews Gastroenterology & Hepatology, 12(4), 205-217.
- Danese, S., & Fiocchi, C. (2011). Ulcerative colitis.** New England Journal of Medicine, 365(18), 1713-1725.
- Loftus, E. V., Jr. (2004). Clinical epidemiology of inflammatory bowel disease: Incidence, prevalence, and environmental influences. Gastroenterology, 126(6), 1504-1517.